Lego aos meus amigos um azul cerúleo para voar alto um azul cobalto para a felicidade um azul ultramarino para estimular o espírito um anil para poder afinar o espírito pela tempestade
(TESTAMENTO:este poema foi encontrado nos papéis da pintora portuguesa Maria Helena Vieira da Silva após sua morte. Suas palavras me convencem de que as cores, "simples matéria pigmentada, contêm todo o arco-íris de que a vida é composta". A artista sofreu na pele a marca da ditadura do Estado Novo: casada com o pintor húngaro Arpad Szènes, viu negada sua nacionalidade portuguesa durante a Segunda Guerra. Sua história e sua obra têm me interessado muito há pelo menos dois anos. E, por total sincronicidade AZUL, recebi ontem o poema da amiga Monica Horta.
Para ler o poema completo em francês
Para saber mais sobre Maria Helena Vieira da Silva
Da artista, a tela 25 de abril de 1974 A POESIA ESTÁ NA RUA
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