Uma vila azul... Ruas, calçadas, escadas, as casas, portas, janelas...
Um lugar inspirador, onde a felicidade da leveza parece morar nas esquinas e onde é fácil sorrir...
Chefchaouen nasceu por volta de 1471, para abrigar mouros e judeus que vieram se refugiar das perseguições da Reconquista da Espanha. Naquele tempo, a aldeia era branca.
Na década de 1930, a vila entre montanhas voltou a ser refúgio de judeus, contra os horrores do nazismo. Foram esses moradores que passaram a pintar a cidade de azul - a cor que, no judaísmo, representa o céu, lembrando que todos podem viver uma vida de plena consciência espiritual.
A maioria das famílias judias que se refugiaram em Chefchaouen permaneceram na aldeia até 1948. Muitas, então, voltaram para Israel. Mas o lugar continuou azul... Simbólica ou não, a cor azul assegura, entretanto, mais conforto aos aldeões, pois mantém mais frios os interiores das casas, numa região onde comumente faz muito calor.